O cordel de Nino
Era uma vez um menino travesso
Que dava nó em pingo d’agua
E virava o mundo do avesso
Quando o menino resolvia relampejar
Era difícil sua família o acalmar
Só existia um para raio que o continha sem pestanejar
Mas infelizmente já não estava mais aqui para o menino se aquietar
O para raio tinha resolvido que queria morar no ar
Lá onde os relâmpagos se faziam brotar
E assim se foi virar estrela para o menino mirar
Acredito que ele relampejava tanto nesses últimos tempos porque queria reivindicar
Que seu para raio voltasse pro seu lar
Sua mãe sempre dizia que não adiantava reclamar
Porque o menino só fazia piorar
Na verdade ele só precisava de um colo para o acalentar
E entender que o seu raio era sua forma de mostrar a dor
Pela perda do seu maior amor
Foi quando seus pais compreenderam que o único jeito do menino parar de trovejar
Era falar pra ele que a sua voinha nunca iria deixar seu lar
E que para sempre ficaria lá
E foi assim que o menino parou de relampejar
E seus raios não mais voltaram a faiscar
Ele entendeu que uma historia de amor
Nunca perde a sua cor
E que no seu coração haveria de morar